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quinta-feira, 28 de julho de 2011

O esporte que eu vejo

A minha paixão pelo esporte é antes de tudo na defesa dos atletas de todo esse estrelismo midiático. Quantas Daianes dos Santos ainda serão desprezadas pela mídia e conseqüentemente pelo povo por um doping acidental? Uma única Marta talvez acumule muito mais títulos do que os 2 Ronaldinhos, ainda assim cada um deles recebe 10x o salário dela. O mesmo Neymar que hoje brilha já foi vitima de seu próprio ego naquele incidente do pênalti que ele queria bater. E o Cielo que podia ter uma vaga própria no quadro de medalhas do pan de 2007 de tantas medalhas que acumulou para o nosso país, se viu aliviado ao poder rever sua cara no JN depois de ser absolvido do doping! Ainda tem a Maurren Maggi que tão brilhantemente nos representa e é constantemente esquecida. Não poderia esquecer os Miratus, que rodam o mundo lembrando que o Brasil é o país da diversidade também nos esportes e no depois de cada viagem voltam para suas casas na mesma favela da Rocinha. Talvez a nossa derrota na Copa América não seja culpa apenas do Elano eu de qualquer outro jogador, pra falar a verdade num sei nem se nossos 190 milhões de especialistas em futebol fariam uma convocação diferente da que foi feita. O fato é que antes de serem atletas todos são extremamente humanos, e é justamente toda essa “humanidade” que os faz especiais a ponto de mover o coração de cada um de nós quando nos representa, seja nos campos, nas piscinas, nas quadras, ou em qualquer outro ambiente desportivo!

Um comentário:

  1. É meu caro Marcos. Pensar nas divergências e implicações que o esporte “capitalista” trouxe para nossa sociedade é tema para muitos debates e discussões. Estaremos nós, sendo vítimas de (des)valorações precipitadas? Será que os belos passos dados pelos nossos atletas não falam mais que os tropeços cometidos uma vez ou outra? Dizia Marx que operários não tem pátria, será que estamos sofrendo com isso? Somos nós, tão reféns da nossa própria realidade?
    O esporte como fenômeno capitalista ganhou força e hoje segue outros rumos. Mais atualizados, de fato, porém, com a mesma intencionalidade de quando o idealizaram. A nação brasileira é imensa e por vezes protagoniza belos exemplos de patriotismo, incluindo ai, os muitos profissionais da mídia que por vezes, veiculam os fatos com tamanha excitação que emociona a todos, provocando choro, arrepios inexplicáveis e até cenas de eternas recordações, incluindo ai recordes de pessoas reunidas em um estádio ou comemoração. No entanto, muitos esquecem que é esse mesmo veículo (mídia), que distribui apelos comoventes que faz brotar no ser humano a falta de patriotismo do nosso povo. É esse mesmo recurso que enche de ódio o torcedor, o técnico, o empresário e até mesmo o próprio atleta, que diante da pressão e da grande exposição protagoniza cenas lamentosas.
    Bola pra frente Daianes, Cielos, Martas, Maurrens, e muitos outros, afinal, como dizia Mahatma Gandhi, “Primeiro eles te ignoram, depois riem de você, depois brigam, e então você vence”.

    Rayvo Vianna

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