Páginas

domingo, 13 de janeiro de 2013

Reflexões sobre a exploração

"Você aí parado também é explorado." Essa ´uma das frases mais comumente cantada pelos movimentos socais quando vão às ruas denuncia qualquer tipo de abuso ou exploração. Muito além de uma questão de condição social, a exploração está para "todos" no capitalismo. Talvez seja a única coisa nele que não é reservado a poucos iluminados ou desgraçados. É claro que, como tudo na sociedade, tem diferentes níveis, mas que no fim não a tornam menos cruel com ninguém. Há setores da sociedade (principalmente a classe média) que se sentem "não explorados". Em Esquerdismo, doença infantil do comunismo Lênin se refere a estes setores contrarrevolucionários como a "Aristocracia Trabalhadora". Esse sentimento de superioridade é extremamente perigoso para os trabalhadores. Ele é na verdade mais uma evolução do capitalismo, que a medida que avança encontra novas formas de dividir a classe trabalhadora. Esse sentimento de "superioridade" afasta as organizações da causa dos trabalhadores e de suas lutas cotidianas. Precisamos ter em mente que todos aqueles que não são grandes capitalistas (sejam trabalhadores ou pequenos empresários) tem na sua essência a mesma história de exploração e por isso são igualmente vítimas do sistema em que vivemos, no entanto faz parte da estratégia do capitalismo (que tem a mídia e as religiões como aliados de primeira ordem - reparem que me refiro às religiões e não às crenças ou figuras sagradas, mas sim ao indumentário que se usa para sustentar simplesmente as religiões) colocar a sociedade constantemente em falsas contradições, escondendo do simples olhar superficial a verdadeira disputa de classes a qual Marx se referiu no manifesto comunista.
"Trabalhadores do mundo, uni-vos!" 



Nenhum comentário:

Postar um comentário