Esse programa é desenvolvido e coordenado internacionalmente pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), havendo em cada país participante uma coordenação nacional. No Brasil, o PISA é coordenado pelo Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais ‘Anísio Teixeira’.”
O resultado do Brasil pode ser interpretado pelo velho conceito popular, “O copo está meio cheio ou meio vazio?”. Se por um lado o Brasil ocupa a 53ª colocação ficando atras de países como Romênia, Bulgária, México, Chile e Uruguai, por outro lado, o nosso país ficou entre os tres que mais evoluiram no setor educacional. Uma visão simplista apontaria como grande conquista o fato de termos ficado à frente da Colômbia, Argentina, Kazaquistão, Tunísia, Indonésia, Albânia, Catar, Azerbaijão, Panamá, Peru e Quirguistão. Mas a grade conquista mesmo é saber que enquanto a média do ano de 2000 era de 368, hoje essa média é de 401 pontos. É importante também lembrar que apenas Chile e Luxemburgo alcançaram avanço maior que o Brasil na média das tres últimas provas. Enquanto o Brasil evoluiu 33 pontos, o Chile evoluiu 37 e Luxemburgo 38potos, mas infelizmente não foi essa a parte mais oticiada pela nossa mídia.
O relatório da OCDE destaca ainda a criação do Ideb como uma importante ação para a melhoria dos resultados e mostra o Brasil como exemplo a ser seguido por outros países com resultados não tão animadores. “O país investiu significativamente mais recursos em educação, aumentando os gastos em instituições de ensino de 4% do PIB [Produto Interno Bruto] em 2005 para 5% em 2009, alocando mais recursos para melhorar o salário dos professores.
Também gastou o dinheiro de forma mais equitativa do que no passado. Recursos federais agora são direcionados para os estados mais pobres, dando às escolas recursos comparáveis aos que são disponibilizados nos mais ricos”, diz o relatório, em referência ao Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), criado em 2006.
Sabemos que a educação o Brasil ainda tem muito o que melhorar. E não é preciso ser nenhum gênio ou especialista para ver isso, basta estar na escola, seja como professor, aluno, gestor ou em qualquer outra função ou atividade. Nós que vivemos a educação dessa última década podemos ver que a educação é outra. Mas isso não é o suficiente, sem desmerecer o exame, devemos lutar para que o nosso país seja não o simplesmente primeiro colocado, mas sim aquele país que melhor ensina para a nossa realidade.
O copo não está “meio vazio”, mas sim “meio cheio” e cabe aos próximos governos trabalhar para que esse copo passe de meio cheio a cheio por inteiro. Vamos contiuar lutando para que os investimento em educação continuem, para que tenhamos 50% do pré-sal investido na educação, para o fortalecimento de políticas como o ENEM, o IDEB, o PDE e seus afins.
Meus parabéns aos professores, estudantes e governantes brasileiros por mais essa vitória.
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